precisava desabafar.




-Na foto eu com uns sete, oito anos... coloquei pra quem nunca me viu "pequenina"...


Nunca custumei pensar nas coisas que já fiz. Sempre penso no que preciso fazer, no que ainda tem e deve ser feito. Só que últimamente as pessoas estão me fazendo pensar, estão querendo que eu lembre. Falar? Nunca achei também que fosse preciso. Mas quem sabe seja bom. Diante de muitas reflexoes e observaçoes, tenho percebido os achismos de quem não me conhece, ou que talvez conheça a Rafa só de longe, não em minha verdadeira essencia. Tenho percebido que ainda muitos continuam achando a Rafa "isso ou aquilo". Tenho visto isso a tempo... inclusive a pouco tempo até escrevi um texto falando sobre isso. Mas entre uma lembrança e outra, lembrei de muitas coisas. Coisas que talvez só agora estejam caindo a ficha. Eu tinha 13 anos de idade, a primeira vez que fui ao "Festival de dança de Joinville", com a minha Tia Gogo, querida e sempre companheira. Fomos ao shopping Muller, sabem? E sempre ocorreram apresentaçoes lá, durante a semana do festival. Após uma apresentação, olhei para tia e disse: "Eu vou estar ali Tia, dançando e sorrindo." A noite, na mostra no teatro Cau Hansem, falei a mesma coisa...Não deu dois anos, eu eu fui, ainda de quebra, fui como coreógrafa. E eu tinha 16 anos de idade. Seria ousadia da minha parte? Eu sambo também desde os 13, estava caminhando na Beira Mar de São José com a minha Tia e com a minha vó. Até que escuto uma bateria vindo de longe, eu segui aquele barulho e parei no clube 1 de junho. Eu sempre amei aquele som, forte, que bati direto no coração, e é claro, não consegui ficar parada. Me lembro, eu estava de tenis, e bonézinho. Comecei a sambar, e o "mestre da bateria" parou a bateria, e foi até a arquibancada me chamar pra sambar lá no meio. Foi aí que começou meu gosto pelo samba...pelo carnaval. Lembro que nesse mesmo ano fui a um ensaio da Consulado. Não conhecia absolutamente ninguém. Fiquei de longe admirando as sambistas, e a rainha Giselle (Minha sempre Rainha). Olhei e pensei: "Um dia...". Não levou dois anos, eu coreógrafando um show que haveria lá, fui convidada para participar de um concurso. Pensei: "Eu, branca? concurso de carnaval? Ai, ai ai..." Mas eu fui, com a determinação de que mesmo ninguém me conhecendo e eu sendo branca, eu sabia sambar, e fui. Chega ao concurso, e eu ganho, em primeiro lugar, entre aquela quadra toda, só minha Tia e nosso amigo Jasam, gritando. "Eeee a Rafa ganhou". Engraçada a cena... e eu aos poucos foi conquistando meu "espaço", mostrando que o samba não era do negro, mas sim do brasileiro. Fiquei lá, 4 anos, entre muitos concursos e títulos. Um que tenho bastante carinho foi o " Bela do Samba do Jornal do almoço" e o "Rainha do Carnaval do clube 1 de junho", são os que tenho um carinho especial, afinal eu começei todo meu "samba" lá. Quanto a dança... ao teatro...sempre buscando amadurecer mais e mais. Eu tenho apenas 20 anos, sou formada em teatro fiz um curso profissionalizante de tres anos, que me trouxe uma DRT, tenho um grupo maravilhoso de dança,com bailarinos dedicados, que me fazem sempre querer mais.Estou na quinta fase de um curso que realmente é a minha cara:Jornalismo. E o meu eu? Sempre determinada, e ao contrário do que muitos acham, muito centrada. O meu jeito espontaneo de ser, faz com que muitos se enganem. Até os amigos próximos. Fico surpreendida com isso, de verdade. Mas fazer o que, né? E sabe de uma coisa, eu cansei de me tirarem pra mimada, futíl. Gente, o que é isso? Eu não vivo na lua, tenho meus pés bem no chão. E podem ter certeza, que no meio dessa pequena história eu já passei por coisas inacreditaveis. São inacreditáveis sim, porque se eu fosse dizer aqui, talvez ninguém acreditaria. Sempre fazer o bem e não olhar a quem, sempre fui assim, minha família me criou assim, então dá para imaginar a quantidade de pessoas que não são assim, né? E que nunca acreditaram que eu estava sendo sincera, quando sorri, e quando abracei, ou quando disse um simples boa dia. Eu não as culpo, porque é dificil encontrar pessoas assim mesmo. Quantas vezes passei por situações, que nossa... nao vale nen a pena escrever aqui. Mas mesmo assim as pessoas acham que eu penso que o mundo é colorido. Enquanto acham isso, eu fico quieta, observando... Quantas me tiram pra "bobinha". Mas sinceramente, eu não ligo, e também não adianta eu querer provar qualquer coisa para alguém.Não vale a pena. Mas uma coisa com tudo isso venho aprendendo, e entendo, que tudo que queremos, SE ACREDITAR, e não ficar parado, DÁ SIM! E eu não tenho dúvida nenhuma disso. Sou cheia de sonhos, e vivo por eles. Sonho alto sim, e pode crêr que BEM alto. E só não chega lá, quem se perde no caminho. E são tantos, mas tantos, e esses tantos, tentam te atrapalhar. Eu posso estar louca pensando assim, e sei que muito do que penso pode ou deve mudar, a única certeza que eu tenho, que quando eu tiver uns 70 anos, se Deus permitir que eu chegue lá, eu vou lembrar sorrindo, que eu sempre estive certa.


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Precisava desabafar.
Falo, do fundo do coração.

Com amor, doçura, fazendo com humildade e muita fé em Deus, tudo é possível.






-"Pode parecer impossível, mas pra Deus, nada é."

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