Um pouco sobre apaixonados... (Futebol-Figueira)

Observando toda casa de família, todo barzinho, ou todo ambiente que encontra-se amigos e parentes reunidos, sempre tem os que brincam, os que levam a sério, ou os que sofrem pelo seu time. Quando se trata dos clássicos da ilha, o "papo" é ainda mais sério, "Avaí e Figueirense", ou, "Avaí ou Figueirense", eis a questão. Os dois times provocam em seus apaixonados uma grande rivalidade, que faz do futebol de Florianópolis ser "vivo". Conversando com diferentes torcedores, de idade entre 25 a 55 anos, que possuem algo em comum: o coração pelo time do continente, relatam que essa rivalidade é interessante, mas que não é tão forte quanto aparenta ser. 4 dos 7 entrevistados confessaram que não ligam para o time da ilha, que se preocupam apenas com o Figueira. Os outros 3 entrevistados são totalmente "antí-avaí", dito por eles mesmos.
Miguel Angelo Beal, comerciante, 37 anos, é um dos torcedores entrevistado, que comenta que tem muita simpatia pelo Figueirense, mas que torce para que os dois times da ilha consigam estar sempre melhorando e trazendo títulos para a capital. Já Adriano Gislon, 38 anos, policial militar, é um apaixonado “perdido” pelo seu time, e que não está ligando para o Avaí. Outro caso é o de Graziela Wagner, 29 anos, que fala mal e repudia o Avaí até o “fim”.
Maria das Dores, 51 anos, dona de casa, ao dar seu depoimento sobre sua vivência com paixão pelo time, diz que não vai deixar de ser Figueira só porque ele não está bem esse ano, muito pelo contrário está vibrando e torcendo para que no ano que vem ele esteja bem e sempre superando. Ambos torcedores são “Figueiras de casa”, dizem que a paixão passa de pai para filho e que querem que seus filhos sejam assim também.
Torcedor apaixonado, torcedor simpatizante ou torcedor “doente”, todos fazem a diferença para o time. São eles que acreditam, que sofrem, que vibram e que xingam quando algo está errado. Quando se diz respeito as táticas de jogo, escalação de jogadores, treinamento ou garra, seriam ótimos treinadores. Acreditam tanto, que fariam qualquer coisa para ver seu time feliz e “lá em cima”.Mas também mostram que não deixam de amar, mesmo ele “lá em baixo”.
São eles, os torcedores, que esperam sempre mais de todo o time, um bom desenvolvimento, um bom trabalho e tudo que envolve o futebol do Figueira. E é essa paixão que move os estádios, o trânsito, o comércio e o coração, de crianças, de jovens, ou de famílias inteiras. É isso que faz o futebol ser tão emocionante e ser a paixão nacional.

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